
No mundo hiperconectado de hoje, a segurança cibernética se tornou um pilar da infraestrutura digital, protegendo não apenas os sistemas financeiros e as operações governamentais, mas também a privacidade individual e a continuidade dos negócios. A crescente complexidade e escala das ameaças cibernéticas, juntamente com a expansão da superfície de ataque criada por avanços como a computação em nuvem, a Internet das Coisas (IoT) e o 5G, representam um desafio significativo para os mecanismos de segurança tradicionais. Esses desafios são potencializados pela crescente sofisticação dos agentes de ameaças, que agora implantam táticas, técnicas e procedimentos avançados, incluindo exploits de dia zero, ameaças persistentes avançadas, ransomware e ataques de engenharia social, para superar as defesas convencionais.
À medida que essas ameaças se tornam mais difíceis de prever e detectar usando regras estáticas e abordagens baseadas em assinaturas, o setor de segurança cibernética tem se voltado para a Inteligência Artificial (IA) e o Aprendizado de Máquina (ML) como ferramentas vitais para aprimorar as capacidades de defesa cibernética. As tecnologias de IA e ML oferecem uma abordagem dinâmica e adaptável para identificar, classificar e responder a ameaças. Ao contrário dos métodos tradicionais que dependem de assinaturas predefinidas ou análises manuais, os sistemas de IA/ML podem aprender de forma autônoma a partir de vastos conjuntos de dados, evoluindo continuamente para reconhecer novos padrões de ataque e anomalias que podem indicar atividades maliciosas. Essa mudança de estratégias de defesa reativas para proativas representa uma mudança fundamental na forma como as organizações abordam a segurança cibernética.
Ao alavancar a IA, os sistemas de segurança cibernética podem tomar decisões informadas sobre como responder a uma ameaça em evolução em tempo real, sem esperar pela intervenção humana. Desta forma, o papel da IA na segurança cibernética não se limita a medidas reativas, ela também contribui para estratégias de defesa proativas, como a caça a ameaças e a análise forense, onde os sistemas de IA podem vasculhar grandes quantidades de dados históricos para identificar ameaças emergentes ou rastrear as origens de um ataque. Em suma, a integração da IA na segurança cibernética oferece uma estrutura de defesa mais inteligente, adaptável e escalável, abordando tanto as necessidades imediatas de detecção de ameaças quanto os objetivos de longo prazo de mitigação preventiva de ameaças.
Diante destes desafios, a Gartner, uma das maiores e mais influentes empresas de pesquisa e consultoria em tecnologia da informação (TI) do mundo, aponta em seu relatório Gartner Top 9 Cybersecurity Trends in 2025 que, diretores de conselho e líderes de alto escalão agora veem o risco cibernético como um risco essencial para o negócio a ser gerenciado e não um problema tecnológico a ser resolvido e que os líderes de SRM (Security & Risk Management) estão migrando a segurança cibernética de uma mentalidade de prevenção para um foco em resiliência.


